quinta-feira, 11 de julho de 2013

Helena Ranaldi - Entrevista ao Cineclik

HELENA RANALDI (EXCLUSIVO)

Sua carreira já é extensa em teatro e TV. Por que somente agora você estréia no cinema?
Eu já tinha recebido dois convites para fazer cinema. O primeiro foi há muito tempo, da Suzana de Moraes, mas estava começando a trabalhar como atriz e ainda era muito inexperiente e imatura. Até fizemos algumas leituras, mas não deu certo. Depois, passaram-se alguns anos e recebi convite do Hugo Carvana para fazer O Homem Nu (1997), mas não gostei muito da personagem e também recusei. Depois, não fui mais convidada. Eu tenho um perfil que não é o ideal, sou passiva, espero convites, sempre acho que quando entram em contato é porque gostam de mim. Fico nessa posição de espera que nem é a ideal, mas é assim que funciono. Enfim, depois de muito tempo de espera, aconteceu esse convite do André (Sturm, diretor de Bodas de Papel). Bem antes de começarmos a filmar, em 2003, ele me mandou o roteiro, o qual li e gostei muito, o texto me emocionou. Depois, nos encontramos e, quase dois anos depois, começamos a filmar. Sempre tive muita vontade de fazer cinema, é muito bacana para um ator poder fazer tudo, teatro, televisão cinema... Estava faltando o cinema em minha carreira, mas conheço poucas pessoas nessa área, sabe?

Você acompanhou a exibição de Bodas de Papel no Cine PE, onde o filme ganhou o prêmio de Melhor Filme, eleito pelo Júri Popular? Como foi a reação do público lá? 
Foi muito bacana. Primeiro porque as exibições ocorriam num lugar onde cabem mais de duas mil pessoas e ainda tinha gente sentada no chão. Eles acompanharam a história muito bem, eles riam e se emocionavam... Sentir o envolvimento do público foi muito gostoso, foi surpreendente até porque muitas das reações que eles tiveram não eram previstas por mim, não tinha imaginado-as. Foi bacana, tanto é que ele foi premiado pelo Júri Popular, é um prêmio muito interessante pro filme.

Como foi a construção da personagem? 
Não fiz laboratório. A Nina é uma mulher muito próxima de mim, não é uma neurótica ou uma pessoa que eu teria de buscar referências. A Nina tem sua vida, está em busca do resgate da infância, do amor. Minha maior preocupação foi o tom que eu usaria para ela, no jeito de falar, de olhar... Seria conhecer as emoções da personagem e vivenciá-las da forma mais verdadeira possível. Se houve alguma preparação foi nesse sentido, em relação à verdade da personagem.

Você sentiu algum estranhamento no processo de trabalho no cinema, novo para você neste filme? 
Não. A televisão me ajudou a ter intimidade com a câmera, o posicionamento de luz, microfone, enfim, toda essa parte técnica que existe no cinema também há na televisão. Portanto, me senti à vontade com aquilo tudo. Então, foi mais a coisa de buscar essa interpretação mais minimalista, o olhar no momento certo, porque tudo aparece no cinema. A dificuldade maior foi neste sentido, o resto foi mais fácil.

Você sentiu alguma espécie de pressão por estrear no cinema ao lado do Darío Grandinetti, que trabalhou com Pedro Almodóvar em Fale com Ela?
O fato dele ter trabalhado com o Almodóvar já faz com que todo mundo o coloque lá em cima, mas o Darío é adorável como pessoa. Logo no primeiro momento em que nos encontramos, na prova de roupa, ele já me de um abraço, foi supercaloroso. Ou seja, a gente já se deu bem no primeiro dia que nos conhecemos, o que foi muito importante. Depois, ficamos uma semana na cidadezinha de Candeias, onde o filme se passa. Nesse momento, nos conhecemos, falamos sobre os personagens, a história, conhecemos as locações. Aquilo foi nos deixando mais familiarizados um com o outro. Foi parte importante do processo de trabalho. O Darío é um bom ator, generoso, ele me ajudava sempre... Me sentia muito à vontade com ele.

A história da cidade abandonada é real. Isso também te ajudou a se sentir mais à vontade com a história, já que o local tem importância tão grande na história? 
O que me ajudou foi o trabalho de direção de arte, a gente vê a cidade cheia de folhas, as pinturas das casas apagadas, a cidade abandonada mesmo. Como Bodas de Papel foi filmado praticamente em ordem cronológica, até para a recuperação da cidade, era legal acompanhar isso.

Seus próximos projetos incluem cinema ou você está à espera de mais convites?
Gostei muito de fazer cinema, mas ainda não recebi convites para fazer. Não está incluído nos meus próximos projetos reais, mas vou fazer a próxima novela das oito (da Rede Globo, A Favorita) e ano que vem vou fazer uma peça de teatro.
Fonte: http://www.cineclick.com.br/falando-em-filmes/noticias/helena-ranaldi-exclusivo
25/05/2009 17h40
por Da Redação

HELENA RANALDI

A história de uma bela mulher que sempre quis seguir a carreira de atriz.


O tempo só faz bem para Helena Ranaldi. Cada vez em que aparece na telinha, a atriz surge ainda mais linda e mais talentosa. Isso porque sua carreira começou cedinho. Aos dez anos, já mostrava seu interesse artístico brincando de atriz no espelho da mãe. Chegou a fazer faculdade de educação física, mas não acabou o curso.
Começou a fazer trabalhos como modelo e alguns comerciais de televisão. Com o dinheiro que ganhou fez um curso de teatro. Já com 23 anos, mudou-se de São Paulo para o Rio de Janeiro, para seguir carreira artística. Em seu primeiro trabalho, interpretou Stefânia, na novela "A História de Ana Raio e Zé Trovão", ainda pela antiga TV Manchete.Em 1992, entrou para Rede Globo, interpretando Nina em "Despedida de Solteiro". Um ano depois, durante as gravações da telenovela "Olho no Olho", conheceu o diretor Ricardo Waddington, e acabaram se casando. Dessa união nasceu o único filho da atriz, Pedro.
APRESENTADORAEm 1996, chegou a apresentar o "Fantástico" ao lado de Pedro Bial, mas a experiência durou pouco tempo porque, em julho, recebeu o convite para atuar na telenovela "Anjo de Mim", dirigida pelo então marido.
Helena nunca interpretou uma vilã na TV, no máximo, mulheres desequilibradas, como Malena em "Olho no Olho" e Suzana em "Quatro por Quatro". A gata, cujo último trabalho foi em "Páginas da Vida", está no ar como a Clara, em "Coração Estudante", na reprise de "Vale a Pena Ver de Novo".
Fonte: http://www.otempo.com.br/super-noticia/helena-ranaldi-1.
Publicado em 23/012/2007

Diga não a violência contra a Mulher - Denuncie 181


. Ela se chamava Raquel Todo mundo lembra da mulher espancada pelo marido com uma raquetee era interpretada por Helena Ranaldi em “Mulheres Apaixonadas”.
A novela de Manoel Carlos exibida em 2003 trazia muitas polêmicas. Mas Raquel era foco delas: a professora se envolveu com o aluno Fred (Pedro Furtado) e depois sofreu com a violência doméstica praticada pelo marido, Marcos (Dan Stulbach). Muita gente criticou a atuação de Pedro no papel de Fred, mas a relação entre os dois era bem bonita, se desenvolveu de maneira natural: ela, professora de natação do rapaz, passou a identificar-se com ele, por ser um pouco desconectado da turma ao redor. Ela, afinal, estava fugindo do marido violento, em uma cidade nova.
Raquel foi uma vítima na maior parte da novela, tanto do marido quanto da própria escola e dos pais de Fred. A personagem era um retrato do machismo, já que ela não podia viver a relação com Fred sem sofrer preconceito e pressão das pessoas, e além de tudo teve de suportar as ameaças e surras do marido. Mais triste é o desfecho da história: em uma tacada só, Marcos e Fred morreram em um acidente de carro, deixando Raquel grávida de Fred sozinha para criar seu filho. Agridoce é a palavra que define melhor.